sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 3 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
sábado, 11 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Hoje resolveram apertar meu peito. Acordou vazio. Veio o sol, depois a neblina, mas não quis saber de ninguém. Ficou aqui fechadinho feito uma concha sem graça.Ligaram minhas meninas, veio meu cachorro, meu pai e a neblina. Quis saber de nada, criança mimada que é.
Além disso ando ouvindo vozes. Devem ser dos milhares de rostos que vejo todo dia, todos aparentemente sem alma, apenas pendurados em barras prateadas. Só fazem desviar o olho e observar breves vazios, dos quais logo enjoam.
domingo, 12 de setembro de 2010
Acordei de ressaca.
Acho que perdi ela. A aliança ainda tá aqui, grudada no meu dedo, o cheiro grudado na minha roupa, os dedos no meu cinto. Mas perdi ela.
Ela me liga, diz que gosta de mim, diz que espera. O tom de voz dela me lembra daqueles olhinhos brilhantes. Mas perdi.
Não a encontro em mim. Antes era tudo que eu via, cada brilho diferente, o cheirinho da chuva,toda menina era ela, mesmo a mais bonita era só um reflexo. Agora se perdeu. Diluiu-se nessa coisa volatil que é mais facil chamar de alma, mas que na verdade se sabe que não existe nome que defina.
A boca dela morreu.
As horas que antes perdiam o significado agora estão todas condensadas no meu estômago, são como uma nausea feita so de palavras, mas todas vivas. Cutucam, gritam e pulam, querem sair.
Decido que sairão, pego o papel, elas saem... Todas tortas, sem sentido. O papel se rasga, corre pro cesto.
O lápis pega meu casaco, me entrega uma faca triste e fria, direciona meus tênis. E me empurra, saio de casa.
Imagino que branco, cada passo tem o peso de uma lágrima daquela que ja foi meu amor, e cada lágrima tem o peso da dor que é machucar aquela que ja foi uma deusa.
Toco a campainha, o portão aberto como sempre, a porta abre lenta. Ela sai, põe o corpo pra fora e para.
A faca vira uma flor, que voa.
E como se encontrasse seus significados as palavras acalmam-se.
Como se encontrasse tudo o que procuravam, meus olhos brilham.
Desisto, sou seu.
Acho que perdi ela. A aliança ainda tá aqui, grudada no meu dedo, o cheiro grudado na minha roupa, os dedos no meu cinto. Mas perdi ela.
Ela me liga, diz que gosta de mim, diz que espera. O tom de voz dela me lembra daqueles olhinhos brilhantes. Mas perdi.
Não a encontro em mim. Antes era tudo que eu via, cada brilho diferente, o cheirinho da chuva,toda menina era ela, mesmo a mais bonita era só um reflexo. Agora se perdeu. Diluiu-se nessa coisa volatil que é mais facil chamar de alma, mas que na verdade se sabe que não existe nome que defina.
A boca dela morreu.
As horas que antes perdiam o significado agora estão todas condensadas no meu estômago, são como uma nausea feita so de palavras, mas todas vivas. Cutucam, gritam e pulam, querem sair.
Decido que sairão, pego o papel, elas saem... Todas tortas, sem sentido. O papel se rasga, corre pro cesto.
O lápis pega meu casaco, me entrega uma faca triste e fria, direciona meus tênis. E me empurra, saio de casa.
Imagino que branco, cada passo tem o peso de uma lágrima daquela que ja foi meu amor, e cada lágrima tem o peso da dor que é machucar aquela que ja foi uma deusa.
Toco a campainha, o portão aberto como sempre, a porta abre lenta. Ela sai, põe o corpo pra fora e para.
A faca vira uma flor, que voa.
E como se encontrasse seus significados as palavras acalmam-se.
Como se encontrasse tudo o que procuravam, meus olhos brilham.
Desisto, sou seu.
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