Tempo.
Tempo de menos pra viver.
Tempo demais pra pensar.
Tempo de mais pra esperar
Tempo de menos pra sentir
tempo tempo tempo
Tudo corre.
Fui.
sábado, 11 de dezembro de 2010
sábado, 4 de dezembro de 2010
Hoje resolveram apertar meu peito. Acordou vazio. Veio o sol, depois a neblina, mas não quis saber de ninguém. Ficou aqui fechadinho feito uma concha sem graça.Ligaram minhas meninas, veio meu cachorro, meu pai e a neblina. Quis saber de nada, criança mimada que é.
Além disso ando ouvindo vozes. Devem ser dos milhares de rostos que vejo todo dia, todos aparentemente sem alma, apenas pendurados em barras prateadas. Só fazem desviar o olho e observar breves vazios, dos quais logo enjoam.
domingo, 12 de setembro de 2010
Acordei de ressaca.
Acho que perdi ela. A aliança ainda tá aqui, grudada no meu dedo, o cheiro grudado na minha roupa, os dedos no meu cinto. Mas perdi ela.
Ela me liga, diz que gosta de mim, diz que espera. O tom de voz dela me lembra daqueles olhinhos brilhantes. Mas perdi.
Não a encontro em mim. Antes era tudo que eu via, cada brilho diferente, o cheirinho da chuva,toda menina era ela, mesmo a mais bonita era só um reflexo. Agora se perdeu. Diluiu-se nessa coisa volatil que é mais facil chamar de alma, mas que na verdade se sabe que não existe nome que defina.
A boca dela morreu.
As horas que antes perdiam o significado agora estão todas condensadas no meu estômago, são como uma nausea feita so de palavras, mas todas vivas. Cutucam, gritam e pulam, querem sair.
Decido que sairão, pego o papel, elas saem... Todas tortas, sem sentido. O papel se rasga, corre pro cesto.
O lápis pega meu casaco, me entrega uma faca triste e fria, direciona meus tênis. E me empurra, saio de casa.
Imagino que branco, cada passo tem o peso de uma lágrima daquela que ja foi meu amor, e cada lágrima tem o peso da dor que é machucar aquela que ja foi uma deusa.
Toco a campainha, o portão aberto como sempre, a porta abre lenta. Ela sai, põe o corpo pra fora e para.
A faca vira uma flor, que voa.
E como se encontrasse seus significados as palavras acalmam-se.
Como se encontrasse tudo o que procuravam, meus olhos brilham.
Desisto, sou seu.
Acho que perdi ela. A aliança ainda tá aqui, grudada no meu dedo, o cheiro grudado na minha roupa, os dedos no meu cinto. Mas perdi ela.
Ela me liga, diz que gosta de mim, diz que espera. O tom de voz dela me lembra daqueles olhinhos brilhantes. Mas perdi.
Não a encontro em mim. Antes era tudo que eu via, cada brilho diferente, o cheirinho da chuva,toda menina era ela, mesmo a mais bonita era só um reflexo. Agora se perdeu. Diluiu-se nessa coisa volatil que é mais facil chamar de alma, mas que na verdade se sabe que não existe nome que defina.
A boca dela morreu.
As horas que antes perdiam o significado agora estão todas condensadas no meu estômago, são como uma nausea feita so de palavras, mas todas vivas. Cutucam, gritam e pulam, querem sair.
Decido que sairão, pego o papel, elas saem... Todas tortas, sem sentido. O papel se rasga, corre pro cesto.
O lápis pega meu casaco, me entrega uma faca triste e fria, direciona meus tênis. E me empurra, saio de casa.
Imagino que branco, cada passo tem o peso de uma lágrima daquela que ja foi meu amor, e cada lágrima tem o peso da dor que é machucar aquela que ja foi uma deusa.
Toco a campainha, o portão aberto como sempre, a porta abre lenta. Ela sai, põe o corpo pra fora e para.
A faca vira uma flor, que voa.
E como se encontrasse seus significados as palavras acalmam-se.
Como se encontrasse tudo o que procuravam, meus olhos brilham.
Desisto, sou seu.
sábado, 11 de setembro de 2010
Alginac.
Ai ai, hoje fiquei com dor nas costas, doença de velho. A mesma velhice que toma conta dessa minha cabeça confusa quando fico com dor. Hoje ta tudo cinza, tá todo mundo chato e não quero ver ninguem. Me sinto como uma mistura de nietzshe com house, mas sem a genialidade e o diploma de medicina.
sexta-feira, 16 de julho de 2010
Queria uma folha que dissesse tudo o que eu quero dizer, sento aqui, olho para essa tela branca e sinto um cimento tosco bloqueando tudo que quer sair do meu peito.
Quem vai ler o que eu disser? Quem ler vai concordar ?
Eu não sei.
Você sabe ?
Geralmente me preocupo com 2 coisas, entre outras mais pessoais, como famila.
A primeira delas é minha carreira, a segunda delas é o amor e eu realmente acredito no amor. Tenho medo de um dia acreditar que ele não existe, ou que é so consequência de coisas como dinheiro. Mas talvez, cada dia mais eu acredite nessas idiotices, aparentemente isso é o que chamam de amadurecimento, um longo e arduo processo de emburrecimento sentimental.
Talvez, daqui uns anos, eu leia isso e me critique dizendo que eu era um jovem idealista, um jovem imaturo incapaz de enxergar a dureza daquilo que se tem como realidade.
Mas digo que não, e que no dia em que eu lancar um olhar sobre mim mesmo, e enxergar uma cripta cheia de sentimentos e sonhos esmagados eu me sentirei pronto para morrer, afinal, a ausência daquilo que é vida, daquilo que se chama de sentimentos e sonhos já não estarei vivo de verdade.
E sei lá pq to escrevendo essas coisas hoje, deu vontade de falar.
Abraço pra quem fica, ignora os erros ai que to com preguiça de revisar.
Bjos meus amores =).
Quem vai ler o que eu disser? Quem ler vai concordar ?
Eu não sei.
Você sabe ?
Geralmente me preocupo com 2 coisas, entre outras mais pessoais, como famila.
A primeira delas é minha carreira, a segunda delas é o amor e eu realmente acredito no amor. Tenho medo de um dia acreditar que ele não existe, ou que é so consequência de coisas como dinheiro. Mas talvez, cada dia mais eu acredite nessas idiotices, aparentemente isso é o que chamam de amadurecimento, um longo e arduo processo de emburrecimento sentimental.
Talvez, daqui uns anos, eu leia isso e me critique dizendo que eu era um jovem idealista, um jovem imaturo incapaz de enxergar a dureza daquilo que se tem como realidade.
Mas digo que não, e que no dia em que eu lancar um olhar sobre mim mesmo, e enxergar uma cripta cheia de sentimentos e sonhos esmagados eu me sentirei pronto para morrer, afinal, a ausência daquilo que é vida, daquilo que se chama de sentimentos e sonhos já não estarei vivo de verdade.
E sei lá pq to escrevendo essas coisas hoje, deu vontade de falar.
Abraço pra quem fica, ignora os erros ai que to com preguiça de revisar.
Bjos meus amores =).
domingo, 16 de maio de 2010
Primeiro veio a ansiedade. Como veio,passou.
Sentada na cama diluiu-se, e foi deitando lentamente como faz uma árvore cujas raízes cansadas insistem em segurar presa ao solo. Ali foi afundando, não havia pressa, os dias e as horas a seguiam apaixonadamente.
Afundava enquanto carregava o lençol, seguido do lençol a cama se deformava, depois veio o carpete que carregava meus pés, estáticos, medrosos mas firmes, como que sustentados por todo prazer que a expectativa dá.
Logo o lençol me envolveu. Todo o resto sumiu, o tempo nos rodeava batendo sorridente num relógio que o irritava por ter parado, foi a primeira vez que ele o fazia.
Rodeando o relógio estavam os medos sorridentes e podres, vestidos e travestidos com farrapos. Mas impotentes perante um simples carpete, que envolvido por nós, agora não convergia mais para cama, mas consumia lentamente cada pedacinho dos sujos trapos daqueles pesadelos.
A cama abandonou toda a complexidade daquilo preso a qualquer uma destas inegaveis leis.
Flutuou. O carpete tendo consumido os medos, e o tempo neurótico com seu relógio revolucionário foram sumindo, até que da cama só se podia ver um ponto.
Meu corpo, preso ao dela e o dela ao meu.
Ouvi um som gostoso.
E voltei pro mundo com ela, já sem medos.
Sentada na cama diluiu-se, e foi deitando lentamente como faz uma árvore cujas raízes cansadas insistem em segurar presa ao solo. Ali foi afundando, não havia pressa, os dias e as horas a seguiam apaixonadamente.
Afundava enquanto carregava o lençol, seguido do lençol a cama se deformava, depois veio o carpete que carregava meus pés, estáticos, medrosos mas firmes, como que sustentados por todo prazer que a expectativa dá.
Logo o lençol me envolveu. Todo o resto sumiu, o tempo nos rodeava batendo sorridente num relógio que o irritava por ter parado, foi a primeira vez que ele o fazia.
Rodeando o relógio estavam os medos sorridentes e podres, vestidos e travestidos com farrapos. Mas impotentes perante um simples carpete, que envolvido por nós, agora não convergia mais para cama, mas consumia lentamente cada pedacinho dos sujos trapos daqueles pesadelos.
A cama abandonou toda a complexidade daquilo preso a qualquer uma destas inegaveis leis.
Flutuou. O carpete tendo consumido os medos, e o tempo neurótico com seu relógio revolucionário foram sumindo, até que da cama só se podia ver um ponto.
Meu corpo, preso ao dela e o dela ao meu.
Ouvi um som gostoso.
E voltei pro mundo com ela, já sem medos.
domingo, 2 de maio de 2010
O lugar era escuro, mas não de uma escuridão assustadora, eram somente segredos escondidos entre os livros, e a música. O cheiro do quarto misturava introversão e um gosto triste e sensual pela vida.Ela deitava numa cama grande e quadrada.
Seus bracos eu não podia ver. Estavam escondidos por seu corpo bem trabalhado, não pelo exercício, mas pelo puro talento de uma natureza que certamente a favorecia. Os cabelos dormiam ao seu lado, pretos e esparramados, quase como se tristes por tocarem a cama mas não suas costas.
Sussurei seu nome.
Na verdade chegava quase desejar não ser notado. Ficaria ali durante horas olhando cada um de seus detalhes, cada uma de suas perfeicões semi cobertas por um edredon que parecia acostumado a cobrir àquilo que a natureza certamente, caso nesta ouvesse egoísmo, esconderia dos imperfeitos olhares humanos.
Ela virou aos poucos, segura, risonha e corada, quase instantaneamente o quarto se cobriu de vinho, o edredon como que se tomasse vida me envolveu, nos segurou juntos,o vinho se expandiu rapidamente, cobriu a noite a buscou uma guitarra a qual se misturou, guitarra agitada de notas e acordes infindáveis, completos, densos.
Ouviu-se um estrondo.
Gritos de pesadelos fugindo.Uma bateria ritmada juntou se a guitarra, envolveu os corpos, nos apertou, ouviu-se gritos, o vinho, caiu a lua, os corpos, envinhou-se a guitarra, gritaram os corpos, o edredon trouxe a lua, a guitarra os corpos o cabelo o aperto os gritos os passos o ritmo os acordes... o silêncio.
E Poesia sutilmente cravada na memória.
Seus bracos eu não podia ver. Estavam escondidos por seu corpo bem trabalhado, não pelo exercício, mas pelo puro talento de uma natureza que certamente a favorecia. Os cabelos dormiam ao seu lado, pretos e esparramados, quase como se tristes por tocarem a cama mas não suas costas.
Sussurei seu nome.
Na verdade chegava quase desejar não ser notado. Ficaria ali durante horas olhando cada um de seus detalhes, cada uma de suas perfeicões semi cobertas por um edredon que parecia acostumado a cobrir àquilo que a natureza certamente, caso nesta ouvesse egoísmo, esconderia dos imperfeitos olhares humanos.
Ela virou aos poucos, segura, risonha e corada, quase instantaneamente o quarto se cobriu de vinho, o edredon como que se tomasse vida me envolveu, nos segurou juntos,o vinho se expandiu rapidamente, cobriu a noite a buscou uma guitarra a qual se misturou, guitarra agitada de notas e acordes infindáveis, completos, densos.
Ouviu-se um estrondo.
Gritos de pesadelos fugindo.Uma bateria ritmada juntou se a guitarra, envolveu os corpos, nos apertou, ouviu-se gritos, o vinho, caiu a lua, os corpos, envinhou-se a guitarra, gritaram os corpos, o edredon trouxe a lua, a guitarra os corpos o cabelo o aperto os gritos os passos o ritmo os acordes... o silêncio.
E Poesia sutilmente cravada na memória.
domingo, 18 de abril de 2010
Talvez você esteja sentada, com uma camisola furada, assistindo programas ruins.
Ou talvez esteja com outro cara, com algum idiota de lábia ligeira e lábio doce. Mas pra mim não importa.
Em mim você é sempre aquela, que vem sexy e sorridente, envolve meu olhos nos seus, derruba cada uma das minhas armas, toma meu escudo atirando-o onde eu talvez encontre dias depois da sua ultima visita.
Lembra do nosso sofá? Amarelo, de couro que cola?
Foi ali que agente se encontrou, ficamos grudados por mais de 5 horas.
Porque você mudou? Porque deixou de ser minha menina, e virou essa mulher esquisita?
Hoje vendi o sofá, sabe aquela velha com câncer do terceiro andar? Ela comprou. Agora vai usar nosso sofá, dei suas calcinhas de brinde, ela adorou, e te agradeceu, eu disse que você não liga.
Ou talvez esteja com outro cara, com algum idiota de lábia ligeira e lábio doce. Mas pra mim não importa.
Em mim você é sempre aquela, que vem sexy e sorridente, envolve meu olhos nos seus, derruba cada uma das minhas armas, toma meu escudo atirando-o onde eu talvez encontre dias depois da sua ultima visita.
Lembra do nosso sofá? Amarelo, de couro que cola?
Foi ali que agente se encontrou, ficamos grudados por mais de 5 horas.
Porque você mudou? Porque deixou de ser minha menina, e virou essa mulher esquisita?
Hoje vendi o sofá, sabe aquela velha com câncer do terceiro andar? Ela comprou. Agora vai usar nosso sofá, dei suas calcinhas de brinde, ela adorou, e te agradeceu, eu disse que você não liga.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Apareceu. Depois sumiu. Me chamou de velho, de louco, me ensinou a mexer nessa máquina de merda, disse que precisava me atualizar. Quem é você ? Cobertorzinho de pinto. Mulherzinha baixa.
Era bom não era? Rock e cocaina? Bares sujos umas palavras bonitas e pronto, você tinha seu cachorrinho.
Deixou aqui esse telinha e umas roupas na gaveta.Não vou devolver, nem o notebook nem essas suas roupinhas que por sinal...fedem! Perfume barato, como você.
Jaqueta de couro falso, calcinha barata, colônia fedida, puta que pariu como fui gostar de você?
Acho que até sei porquê. É seu jeito de olhar, lembra da Capitu? Os olhos dela eram uma profecia, descreviam os seus.
Até seu jeitinho, menos delicadinha né, cigana dissumulada, vira lata vagabunda, mesma classe.
Mas você sabe, aparece aqui com esses olhinhos, e como se pudesse ver através dos meus disseca tudo que eu criei, olha e ve quem sou eu, inutil e apaixonado por toda sua baratice seus livros de mal gosto e sua alma feminina montada por mim.
Isso me consome! A crença nessa ilusão de você. Esse ser divino que você é para mim, seu mal gosto sexy, seu cheiro que dorme como horrivel na minha memoria mas que me faz abanar o rabo como um cachorro pulguento cada vez que sinto. Você é tudo de bom e tudo de ruim, sua apaixonante podridão é tudo que restou de mim...
Era bom não era? Rock e cocaina? Bares sujos umas palavras bonitas e pronto, você tinha seu cachorrinho.
Deixou aqui esse telinha e umas roupas na gaveta.Não vou devolver, nem o notebook nem essas suas roupinhas que por sinal...fedem! Perfume barato, como você.
Jaqueta de couro falso, calcinha barata, colônia fedida, puta que pariu como fui gostar de você?
Acho que até sei porquê. É seu jeito de olhar, lembra da Capitu? Os olhos dela eram uma profecia, descreviam os seus.
Até seu jeitinho, menos delicadinha né, cigana dissumulada, vira lata vagabunda, mesma classe.
Mas você sabe, aparece aqui com esses olhinhos, e como se pudesse ver através dos meus disseca tudo que eu criei, olha e ve quem sou eu, inutil e apaixonado por toda sua baratice seus livros de mal gosto e sua alma feminina montada por mim.
Isso me consome! A crença nessa ilusão de você. Esse ser divino que você é para mim, seu mal gosto sexy, seu cheiro que dorme como horrivel na minha memoria mas que me faz abanar o rabo como um cachorro pulguento cada vez que sinto. Você é tudo de bom e tudo de ruim, sua apaixonante podridão é tudo que restou de mim...
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